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A cada dia me apaixono mais pelo trabalho com crianças com necessidades educativas especiais. Neste blog quero apresentar estratégias, informações e acima de tudo contribuições práticas para que estes sujeitos tenham possibilidades claras de aprendizagens. Confiram!!! Minhas credenciais: Sou Pedagogo; - Psicopedagogo Clínico e Institucional; - Assistente Social CRESS-Ba 8283.

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Eu e meus colegas

EU COM MEUS COLEGAS
A autora desta prova é a Prof.a Sara Bozzo de Shettini, que a utilizou de duas maneiras: primeiro na prática psicopedagógica individual, e depois como instrumento coletivo para a elaboração de uma investigação sobre a qual realizou sua tese de licenciatura em psicopedagogia.
Lamentavelmente a autora não escreveu sobre este valioso instrumento, não obstante a simplicidade de sua administração e interpretação permitem sua fácil utilização com a qual se consegue uma rica informação sobre o vín¬culo estabelecido com os colegas de classe.
1. Objetivo
Investigar o vínculo com os colegas de classe.
2. Materiais
Folha tamanho sulfite
Lápis preto
Borracha
3. Procedimento
3.1. Solicita-se ao entrevistado que se desenhe com seus colegas de classe.
3.2. Pede-se ao entrevistado que indique no desenho quem é ele, como se chamam as demais pessoas e qual a idade de cada um.
3.3. Pode ser solicitado que faça um comentário sobre os colegas.
Fundamentos
Quando alguém pertence a um grupo do qual recebe educação, sua aprendizagem não só depende de suas condições internas e de como é comuni¬cada a educação, mas também dos vínculos que estabelece com os demais membros do grupo.
Cada membro do grupo dispõe de um modelo de aprendizagem que no interjogo de relações com os outros se enriquece ao mesmo tempo que enri¬quece os modelos dos outros. Porém, as formas de abordar os conhecimentos, atitudes e destrezas dos pares serão aceitas ou rejeitadas em função do vínculo afetivo estabelecido.
Comumente se vê que uma ótima forma de resolver uma situação pode ser recusada por alguém que projeta sobre a forma de resolução ou sobre quem a executa uma relação negativa; assim como o oposto, por isso que o conhecimento de como é vivenciada uma relação grupal é um dado altamente significativo para entender o modo como um educando aprende em seu meio escolar.
Enquanto um sociograma revela a rede de vínculos objetivos de um grupo, -Eu e meus companheiros" permite conhecer os vínculos subjetivos, a partir do sujeito investigado.
Indicadores mais significativos
Detalhes do desenho
Tamanho total
Tamanho dos personagens
Posição dos personagens
Caráter completivo do desenho
Inclusão do docente
Inclusão de personagens externos ao grupo
Comentários sobre os colegas
Personalizados
Gerais
Possivelmente a multiplicidade de subvínculos que implica o estabelecimento do vínculo total com os companheiros - nesta prova mais do que em qualquer outra - faz com que os indicadores possuam um valor relativo e seu significado só possa ser estabelecido em função da apreciação total dos mesmos. No entanto, algumas particularidades possuem certos significados que se pode precisar.
Detalhes do desenho
O tamanho total está relacionado com a importância que se coloca neste vínculo sem que o mesmo diga nada quanto a seu caráter positivo ou negativo. O tamanho maior corresponde à atribuição de um maior peso na rede vincular, enquanto um tamanho reduzido geralmente coincide com a situação oposta.
O tamanho dos personagens, contrariamente ao do desenho total, está intimamente relacionado com a valência positiva ou negativa com a qual se vi vencia a relação com cada um dos colegas. A valorização, considerá-Io um modelo de identificação, o desejo de possuir sua amizade e o de ser aceito se representam com um tamanho maior; enquanto a desvalorização e a rejeição, com um tamanho menor. Assim como o tamanho com que o entrevistado se representa, relaciona-se com a imagem que o mesmo crê que os colegas tenham dele; somente em poucas situações este indicador significa uma conversão no contrário, e quando isso ocorre, corresponde a uma personalidade narcísica.
Alguns significados dos indicadores
A posição dos personagens é altamente significativa e seu sentido está vinculado à posição em que está representado o entrevistado.
Não é possível expor exaustivamente todas as prováveis posições, mas entre as mais freqüentes se encontram: I) o entrevistado no meio e dois grupos separados e distantes em cada lado do mesmo - falta de integração no grupo ¬; 2) o entrevistado em um extremo do grupo - integração relativa - ; 3) o entre¬vistado ausente ou em um segundo plano - inibição para a integração - ; 4) o entrevistado em um primeiro plano - integração adequada - como também 5) em torno de uma mesa ou em forma de roda, que assim mesmo indica uma boa integração ao grupo.
O caráter completivo do desenho tanto total como parcial de cada um dos personagens (rostos, roupa, extremidades e outros detalhes) indicam um melhor ou pior vínculo com estes. Também costuma revelar o conhecimento mais ou menos profundo dos integrantes do grupo, tanto em relação às características físicas como quanto à traços de personalidade.
A inclusão do docente não é comum e pode representar duas situações bem opostas: um vínculo muito positivo e sua localização em uma situação de paridade com os demais componentes do grupo ou um vínculo negativo e in¬discriminado. Quando é negativo regularmente é vivenciado como um perse¬guidor, e quando é indiscriminado existe uma notória dificuldade para distin¬guir os planos do estudo-aprendizagem e as relações de amizade.
A inclusão de personagens externos ao grupo é uma situação que ocorre muito raramente e quando isto sucede os personagens desenhados costumam ser pessoas da escola ou da família. Seu significado pode variar enormemente, mas em termos gerais, também é indicativo de uma falta de limites quanto ( noção de grupo de companheiros e o vínculo sentido em relação aos mesmos
Os comentários sobre os colegas tanto podem ser realizado: simultaneamente com o desenho ou posteriormente, como resultado do pedido do entrevistador. Os mesmos resultam de grande importância para a informação que agregam, tanto em forma diretiva e explícita, quanto pelas contradições: entre o que se diz e o que se desenha. Enquanto os comentários personalizados; revelam uma gama de subvínculos com cada membro do grupo ou alguns do: mesmos, os gerais dão uma visão de conjunto que permite inferir o tipo de inserção que o entrevistado tem realizado ou deseja efetuar.
BIBLIOGRAFIA:
VISCA. Jorge. Técnicas Projetivas Psicopedagógicas e Pautas Gráficas para sua interpretação. 1ª edição - Bueno Aires: Visca & Visca, 2008.
UM MUNDO MELHOR SE CONSTRÓI EM MUTIRÃO

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