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A cada dia me apaixono mais pelo trabalho com crianças com necessidades educativas especiais. Neste blog quero apresentar estratégias, informações e acima de tudo contribuições práticas para que estes sujeitos tenham possibilidades claras de aprendizagens. Confiram!!! Minhas credenciais: Sou Pedagogo; - Psicopedagogo Clínico e Institucional; - Assistente Social CRESS-Ba 8283.

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A família educativa

3. FAMÍLIA EDUCATIVA
A Família Educativa é uma adaptação da Família Cinética. A diferença consiste em que a Família Educativa além de possuir uma ordem e forma de administração próprias, tem uma finalidade distinta, que consiste em descobrir a representação que o entrevistado faz do que os membros do grupo familiar sabem e do modelo de aprendizagem que os mesmos possuem e transmitem.
Observações de resultados obtidos com a Família Cinética com escolares de nível primário e médio, sugeriram a utilidade de focalizar os vínculos no aspecto educativo oferecido pela família - como unidade funcional- e em seus integrantes, pois com cada um deles, o sujeito estudado, pode estabelecer um vínculo particular.
1. Objetivo
Estudar o vínculo de aprendizagem com o grupo familiar e cada um dos integrantes do mesmo.
2. Materiais
Folhas tamanho sulfite Lápis preto
Borracha
3. Procedimentos
. .
3.1. Pede-se ao entrevistado que desenhe a sua família, cada um fazendo o que sabe fazer.
32. Terminado o desenho, solicita-se que indique a idade e o nome de
cada um.
3.3. Solicita-se que comente o que cada pessoa está fazendo.
3.4. Pergunta-se o que sabe fazer, se ensina para alguém e como.
3.5. Realizam-se as perguntas que forem consideradas convenientes.
Fundamentos
A família constitui o meio onde se constroem as aprendizagens mais fundamentais. A mesma oferece os modelos de identificação mais primitivos, baseados nos quais se elaboram os vínculos de aprendizagem. Estes vínculos vão exercer uma notável influência sobre o estilo de adquirir conhecimentos e destrezas, assim como também, para que alguns conteúdos e destrezas sejam hierarquizados e outros não.
Embora o grupo familiar, por um lado se apresente como uma unidade funcional, ao mesmo tempo possui heterogeneidade estrutural, no sentido de que seus diferentes integrantes - tanto por características de personalidade, como pelo papel desempenhado no seio familiar, e até pelas aprendizagens efetuadas - apresentam diferenças. Estas diferenças exercem um papel primor¬dial na medida em que permitem que os membros jovens, durante seu desenvolvimento possam ir «pegando» distintas partes dos estímulos meio¬ ambientais para configurar uma identidade, que embora vá ter aspectos em comum com os dos diferentes componentes do grupo, por sua vez, será total¬mente singular.
Indicadores mais significativos
No desenho
Atividade de cada personagem
Objetos com os quais realiza a atividade
No relato
Idade e sexo do personagem
Relato do processo de execução ou relato do produto final
Relação de parentesco com o entrevistado.
Alguns significados dos indicadores
A atividade de cada personagem em função da ordem mostra, geralmente, cenas do que cada membro sabe fazer no lar e, muitas vezes, fora dele. A primeira alternativa possui um caráter mais intimista, enquanto a segunda, um caráter mais profissionalizante.
Enquanto as crianças pequenas - de 7 ou 8 anos a 11 ou 12 anos - apresentam uma marcada tendência a optar pela primeira alternativa, os maiores costumam optar pela segunda, no caso pode ocorrer que desenhem algum ou alguns dos integrantes em um espaço geográfico diferente: escritório, fábrica, estúdio, consultório, etc.; segundo a atividade do mesmo.
Embora a representação de um personagem realizando determinada atividade geralmente implique a identificação de um com o outro, nem sempre é assim e não diz nada a respeito do vínculo positivo ou negativo que o entre¬vistado possa ter estruturado com ambos. Só será possível discernir esses as¬pectos a partir do interrogatório, o qual nos pode levar a concluir que se aceita ou rejeita o personagem, a atividade ou ambos.
Enquanto crianças de menor idade discriminam menos, tanto personagem como atividade; em idade maior, existe uma maior dissociação em função de uma capacidade também maior de discriminação.
Os objetos com os quais realiza a atividade constituem um indicador claro do grau de conhecimento e flexibilidade que se possui da mesma: o número, a adequação e os detalhes dos objetos são, entre outros, alguns dos aspectos mais importantes.
A idade e o sexo do personagem são reveladores do lugar que realmente lhe é outorgado ou que o entrevistado fantasia que possuam as diferentes atividades no seio familiar, em função de ambos os parâmetros. Enquanto se podem encontrar representações que indicam grupos familiares rigidamente. estruturados em termos do que e permitido fazer em função da Idade e do sexo; outras se caracterizam por um alto grau de flexibilidade. Mesmo assim cabe w mencionar que um grau maior de rigidez geralmente corresponde a um víncu¬lo de aprendizagem que carrega características tais como: mecanização, medo do erro, falta de iniciativa e criatividade.
A relação de parentesco com o entrevistado é um aspecto muito próximo à idade e ao sexo, mas também apresenta algumas diferenças. As pessoas desenhadas realizando uma determinada atividade podem ser os progenitores,irmãos, avós, etc., com os quais, por uma parte, existe um vínculo afetivo mais global que o exclusivamente relacionado com a aprendizagem. Mesmo assim, e tanto em função desse vínculo mais amplo, como no relativo ao aprender, existirão por parte do sujeito sentimentos positivos, negativos ou ambivalentes que serão coadjuvantes em um sentido ou outro, nos processos de identificação.
O relato do processo de execução ou o relato do produto final demonstram o grau de conhecimento que possui da atividade. Enquanto o relato do processo implica um conhecimento instrumental por imagens e operações, a descrição do produto final adverte sobre a falta de um verdadeiro conhecimento. Conseqüentemente, a primeira alternativa indica um melhor vínculo em ter-mos de aprendizagem; enquanto a segunda, não.
EXEMPLO DA FAMÍLIA EDUCATIVA
O exemplo que segue pertence a uma adolescente de 18 anos, que consulta porque, sendo uma boa aluna, se encontra indecisa sobre se vai continuar estudando quando terminar a escolaridade média.
Por um lado, sente que poderia continuar os estudos, e por. outro, que não; segundo sua própria expressão: ". .. não sei se vale a pena, e por momentos me sinto fatigada, quem sabe seja melhor sentar e não fazer nada; mas quem sabe seja melhor estudar... aprender... construir algo".
Possui um bom nível intelectual, domínio de dois idiomas e uma adequada capacidade para desenhar.
Pertence a uma família composta por pai, mãe, um irmão menor e ela. Os quatro são imigrantes e desde algum tempo se encontram radicados no país, pois não se davam bem com a família, do ponto de vista econômico, no lugar de origem.
O pai se encontra desmoralizado, pois apesar de inúmeros esforços; não consegue regularizar sua situação.
A mãe é muito trabalhadora, perseverante e criativa. O irmão não apresenta dificuldades no O DESENHO EM EPISÓDIOS
BIBLIOGRAFIA:
VISCA. Jorge. Técnicas Projetivas Psicopedagógicas e Pautas Gráficas para sua interpretação. 1ª edição - Bueno Aires: Visca & Visca, 2008.
UM MUNDO MELHOR SE CONSTRÓI EM MUTIRÃO

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