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A cada dia me apaixono mais pelo trabalho com crianças com necessidades educativas especiais. Neste blog quero apresentar estratégias, informações e acima de tudo contribuições práticas para que estes sujeitos tenham possibilidades claras de aprendizagens. Confiram!!! Minhas credenciais: Sou Pedagogo; - Psicopedagogo Clínico e Institucional; - Assistente Social CRESS-Ba 8283.

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A planta da sala de aula

A PLANTA DA SALA DE AULA
1. Objetivo
Conhecer a representação do campo geográfico da sala de aula e as localizações, real e desejada, na mesma.
2. Materiais
Folhas lisas tamanho carta
Lápis preto
Borracha
Régua (se o entrevistado pedir)
3. Procedimentos
3.1. Solicita-se ao entrevistado que desenhe a planta da sua sala de aula.
3.2. Pede-se que faça uma cruz no lugar em que se senta.
3.3. Propõe-se que comente como é a sala de aula.
3.4. Interroga-se se a escolha é livre ou determinada pelo docente ou pelo grupo.
3.5. Pergunta-se se ele gostaria de sentar-se em outro lugar e por quê.
3.6. Sugere-se que indique quem são as pessoas sentadas nos demais lugares e que fale sobre elas.
3.7. Realizam-se perguntas complementárias que sejam convenientes.
Fundamentos
Freqüentemente, quando as crianças tentam explicar seu lugar na sala de aula, sentem dificuldade em expressar-se e incluir em seu comentário um con¬junto de dados sumamente proveitosos, tanto para compreender a representação que fazem da mesma, como de sua própria localização nela.
Também, quando se solicita algum detalhe, naturalmente muitas crianças tentam desenhar, ou se sugerem que desenhem, regularmente sentem que isso ajuda a expressar sua idéia.
Por outro lado, é comum que o entrevistado tome consciência de algum detalhe e até se surpreenda ao se dar conta do mesmo; assim como também de não o ter percebido claramente antes (tamanho da sala de aula, carteiras vazias, número de janelas, etc.) e não poucas vezes costuma ocorrer que o entrevista¬do se conscientize de que negou uma parte (colegas, docentes, etc.), que não consegue representar.
A aplicação da planta da sala de aula em crianças que freqüentam o mesmo lugar, evidencia como a representação do mesmo é individual e irrepetível, e também que a qualidade do desenho - comparada com outros da mesma criança que representa âmbitos diferentes - pode variar em função do vínculo positivo ou negativo que estruturou cada um destes âmbitos.
Indicadores mais significativos
Detalhes do desenho
Tamanho total
Elementos incluídos (carteiras, armário, estante, quadro-negro,etc.) Tamanho dos elementos
Pessoas (entrevistado, colegas, docente)
Aberturas (portais, janela/s)
Pôsteres e enfeites.
Possíveis localizações na sala de aula
Frente
Meio
Fundo
Lateral
Comentários sobre a sala de aula (que revelam)
Aceitação
Rejeição
Indiferença
Objetividade
Escolha do lugar na sala de aula
Pelo aluno
Pelo prof.
Pelo grupo
Aceitação do lugar
Aceita
Rejeita
Indiferente
Colegas ao seu redor
Do mesmo sexo
Do outro sexo
De ambos os sexos
Alguns significados dos indicadores
Esta, como qualquer outra prova, é interpretável de acordo gerais das provas projetivas. No entanto, a experiência mesma possui certa especificidade.
Também, para sua interpretação, é importante não perder funcional da conduta e sua heterogeneidade estrutural; desenho tiver uma unidade de sentido, também estará in: cognitivo, pelo desenvolvimento motor e pelo aspecto emocional.
A atitude geral do entrevistado, sua compreensão predisposição ou recusa possuem relevância para a interpretação.
Detalhes do desenho
O tamanho da sala de aula costuma ser indicativo, q restrição egóica que se apresenta como uma inibição, tamanho desmedido, de um descontrole que implica uma falta de limites adequados. Os elementos incluídos assinalam os objetos com os quais estabeleceu um vínculo positivo e os excluídos com os quais vínculos. Também são importantes a dedicação com que desenhados e na maioria das situações, a seqüência no processo de produção dos mesmos. O tamanho dos elementos implica uma maxinimização ou minimização do valor atribuído, embora em algumas situações, o tamanho do objeto seja usado para criar uma barreira que divide partes da sala de aula. As pessoas (entrevistado, colegas, docente) representadas no desenho, tanto podem significar uma concretização como uma necessidade geral ou bem como uma expressão de aceitação ou rejeição. Crianças com idade ou nível menor, têm uma tendência a desenhar as pessoas, e crianças maiores, não; e quando são desenhados os companheiros e o docente, o mais freqüente é que exista um bom vínculo entre os mesmos, o qual pode ser detectado no interrogatório. As aberturas parecem estar relacionadas com a sensação de se sentir fechado ou não. Freqüentemente os entrevistados, simultaneamente ao ato de desenhar as aberturas, fazem algum comentário tal como: "as janelas são pequenas" ou "gosto de estar perto da porta para olhar para fora". As lâminas e enfeites representados, regularmente são reproduzidos por alunos que estabeleceram um vínculo obssessivo e ritualista com o contexto da sala de aula.
Possíveis localizações na sala de aula
Sem dúvida, a posição da criança na sala de aula adquire uma importância diferente, se foi escolhida por ele mesmo, pelo docente ou pelo grupo de cole¬gas. Em frente, conforme for a origem da escolha, tanto pode indicar uma conexão adequada e participação ativa, como uma posição de castigo. No fun¬do e nas laterais quase sempre sugere retração e desestímulo com tendência a não participar muito ativamente. Mas esses indicadores devem ser tomados com certo cuidado, pois a altura da criança pode ter sido um motivo para sua localização em certas posições. No meio indica regularmente um vínculo me¬diano.
Comentários sobre a sala de aula
Os comentários - opiniões e relatos de acontecimentos - investigados de forma não diretiva nem trasparente permitem perceber com clareza quatro possíveis atitudes da criança em relação ao contexto fisico e humano da sala de aula: aceitação, rejeição, indiferença e objetividade. A aceitação geralmente indica um vínculo positivo, porém em muitas situações é uma forma que encobre uma adequação automática e passiva; por sua vez a rejeição comum ente im¬plica uma relação negativa, mas também costuma carregar um desejo de mu¬dar o contexto geográfico e/ou humano; a indiferença sempre é uma forma de rejeição dissimulada, enquanto a objetividade indica um vínculo maduro que corresponde a um eu adequadamente desenvolvido, que capitaliza as experiências de aprendizagem.
A escolha do lugar na sala de aula
Este item permite investigar não só o âmbito sociodinâmico, ou seja, a forma de funcionamento grupal, como também o âmbito institucional, vale dizer as normas que regem o grupo e eventualmente a instituição educativa em sua totalidade.
Aceitação do lugar
Não deixa de ser interessante comprovar a aceitação ou coincidência entre o lugar que efetivamente o entrevistado ocupa e o que ele deseja, assim como também quando isso não ocorre. A rejeição, que pode ocorrer com diferentes graus de intensidade, pode por sua vez, ser manifesta ou latente. A primeira prejudica menos o vínculo com a aprendizagem, enquanto a segunda pode levar a produzir verdadeiros obstáculos para aprender. A indiferença, em geral é indicativa de uma rejeição encoberta, e uma atitude latente de desprezo em relação a tudo o que é relativo ao processo ensino-aprendizagem.
Com os colegas
É interessante verificar como crianças de ambos os sexos, tanto por uma escolha espontânea própria, por decisão grupal ou por critério do docente - nos grupos mistos - encontram-se situadas entre colegas do mesmo sexo, do sexo oposto ou entre meninas e meninos. Os motivos pelos quais isto pode aconte¬cer são muito variados, mas em todos os casos, é um dado significativo que fala sobre a aceitação ou a rejeição grupal, as figuras de identificação, uma forma de controle do docente e muitos outros aspectos. Além da origem da escolha do lugar em função do subgrupo humano no qual se encontra inscrito o sujeito estudado, é útil conhecer como é vivido esse entorno e cada um dos membros do mesmo.
BIBLIOGRAFIA:

VISCA. Jorge. Técnicas Projetivas Psicopedagógicas e Pautas Gráficas para sua interpretação. 1ª edição - Bueno Aires: Visca & Visca, 2008.





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