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A cada dia me apaixono mais pelo trabalho com crianças com necessidades educativas especiais. Neste blog quero apresentar estratégias, informações e acima de tudo contribuições práticas para que estes sujeitos tenham possibilidades claras de aprendizagens. Confiram!!! Minhas credenciais: Sou Pedagogo; - Psicopedagogo Clínico e Institucional; - Assistente Social CRESS-Ba 8283.

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Quantificação da inclusão de classes

QUANTIFICAÇÃO DA INCLUSÃO DE CLASSES

1. Introdução

 
Tal como se comentou na introdução da prova de mudança de critério, a criança que já alcançou o estádio das classes e classificações hierárquicas, dispõe de um esquema antecipatório que lhe permite combinar de forma móvel os procedimentos ascendentes e descendentes, como também, quantificar a inclusão.
Em outros termos, a criança que já alcançou este estádio, compreende que A (cavalos, por exemplo) e A’ (vacas) são B (animais) e que: A = B -A’ e que A < B. A classificação hierárquica, então, permite realizar operações diretas B = A + A’ e suas inversões A = B - A’.
O exame da quantificação da inclusão de classes pode ser feito com distintos materiais - contas, flores, animais, veículos, etc. - e qualquer que seja este sua estrutura não modifica.
Assim, por exemplo
B contas flores animais veículos
A vermelhas margaridas gatos carros
A’ azuis rosas cachorros ônibus
O diagnóstico operatório na prática psicopedagógica
Com qualquer material se realizam quatro tipos de perguntas:
1. de classificação espontânea do material.
2. de hierarquia das classes
As A são B?
(As margaridas são flores?)
As A' são B?
(As rosas são flores?)
3. de quantificação da inclusão, que não requer reversibilidade.
Sede B tiras as A, o que fica?
(Se do ramo tira-se as rosas, o que fica?)
4. de quantificação da inclusão que requer reversibilidade.
Se você pega as A e eu as B, quem pega mais?
(Se você faz um ramo com as margaridas e eu faço um ramo com as flores, qual será o ramo maior?)
2. Objetivo
Avaliar a capacidade de quantificar a inclusão de classes.
3. Material
• 10 margaridas (amarelas ou brancas)
• 3 rosas (vermelhas)
4. Procedimento
Mostra-se ao entrevistado um ramo de flores (classe) formado por margaridas (subclasse) e rosas (subclasse) e se interroga sobre se as margaridas e as rosas são flores, se há mais margaridas do que flores, sobre o que fica no ramo no caso de serem retiradas as margaridas e o que fica se forem retiradas as flores, sobre qual é o ramo maior, um feito com todas as margaridas e outro com todas as flores.
5. Administração
5.1. O entrevistador pergunta ao entrevistado quais as flores que ele conhece.
5.2. Se o entrevistado não mencionou entre as flores, as margaridas e as rosas o entrevistador pergunta: "As margaridas são flores?" "As rosas são flores?".
5.3. O entrevistador pergunta: "No ramo, há mais margaridas ou flores?".
5.4. Se o entrevistado responde flores, o entrevistador pergunta:
"Como você sabe?" "Como você pode me explicar?"
Se o entrevistado responde rosas, se repete a pergunta e se responde acertadamente, realizam-se as perguntas da primeira parte do item.
5.5. O entrevistador diz ao entrevistado:
"Se há duas pessoas e uma pensa em fazer um ramo com as margaridas e a outra pensa em fazer um ramo com as flores; qual ramo será maior?"
5.6. O entrevistador pergunta:
"Se dou à você as margaridas, o que sobra no ramo?"
5.7. O entrevistador pergunta:
"Se lhe dou as flores, o que sobra no ramo?"
5.8. "Eu vou fazer um ramo com todas as margaridas e você vai fazer um ramo com todas as flores. Quem terá o ramo maior? Como você sabe?"
6. Avaliação
6.1. Nível 1. Ausência de quantificação da inclusão (Geralmente até os 5-6 anos).
O entrevistado não é capaz de comparar o número de elementos de uma subclasse com a de uma classe mais inclusiva em que a subclasse está incluída (não compara A e B, ou.N e B, senão que A e AJ. Quando diz que "há mais margaridas do que flores", está usando a palavra flores em relação às rosas; pois quando lhe é perguntado: "mais margaridas do que o quê?" costuma responder: "mais margaridas que rosas".
Neste nível as respostas às perguntas sobre a subtração costumam produzir fracassos. (5.6. = B -A =.N e 5.7. B - B = O).
6.2. Nível2. Condutas intermediárias (Geralmente desde os 5-6 até os 7-8 anos).
O entrevistado tem dúvidas na pergunta: "Há mais margaridas ou flores?".
Neste nível, as respostas às perguntas de subtração 5.6. e
5.7. são corretas. . .
6.3. Nível 3. Condutas de quantificação inclusiva (Geralmente aos 7-8 anos).
O entrevistado responde bem a todas as questões.
7. Observações
7.1. É fundamental - e esta prova o permite - usar um material que reproduza a realidade cultural do entrevistado.
7.2. É importante levar em consideração que a estrutura de algumas perguntas e o tempo condicional do verbo usado costuma dificultar a compreensão das formulações do entrevistador.


UM MUNDO MELHOR SE CONSTRÓIBIBLIOGRAFIA:

Visca, Jorge/. O diagnóstico operatório na prática psicopedagógica. – Jorge Visca – São José dos Campos: Pulso, 2008


EM MUTIRÃO

Um comentário:

Bia disse...

Adorei, foi muito proveitoso. Obrigada.